Foram publicadas no Diário Oficial da União de ontem as Portarias  260 a 287 com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), ano-safra 2020/2021, para o cultivo do milho consorciado com braquiária de 2ª safra.

As informações são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Além de Minas Gerais, as portarias compreendem os seguintes estados: Distrito Federal; Goiás; Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Maranhão; Piauí; Acre; Pará; Tocantins; São Paulo e Paraná.

Também foram publicadas as portarias para o cultivo do feijão de 2ª safra para as Distrito Federal; Goiás; Mato Gross; Mato Grosso do Sul; Bahia; Sergipe; Acre, Rondônia; Tocantins; Espírito Santo; Minas Gerais; Rio Janeiro; São Paulo; Paraná; Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O Zarc tem o objetivo de indicar períodos de menor risco para o plantio, reduzindo a probabilidade de ocorrerem problemas relacionados a eventos climáticos não desejáveis, dessa forma, permite ao produtor identificar a melhor época para plantar, levando em conta a região do País, a cultura e os diferentes tipos de solos.

O modelo agrometeorológico considera elementos que influenciam diretamente no desenvolvimento fisiológico da planta como temperatura, chuvas, umidade relativa do ar, ocorrência de geadas, água disponível nos solos, demanda hídrica das culturas e elementos geográficos (altitude, latitude e longitude).

De acordo com o Mapa, os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e poderão ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só liberam o crédito rural para cultivos em áreas zoneadas e para o plantio de cultivares indicadas nas portarias de zoneamento.

Para a safra 2020/2021 o zoneamento do consórcio milho com braquiária de 2ª safra e do feijão de 2ª safra tiveram como principal novidade a inclusão de matérias mais atuais, que foram desenvolvidos pelos diversas empresas obtentoras/mantenedoras de cultivares.

O plantio simultâneo do milho com a braquiária em 2ª safra permite que o produtor continue a ter duas safras e ainda possa incluir a forrageira no sistema. A forrageira (braquiária), após a colheita do milho, pode ser utilizada para alimentação animal ou para proteção do solo, servindo de palhada para realização do Plantio Direto (PD) na safra de verão seguinte. O consórcio também é uma estratégia economicamente eficiente para formação ou reforma de pastagens.

A rotação de culturas anuais e pastagens é uma das alternativas para o manejo sustentável dos solos e dos recursos hídricos, pois, as pastagens quando bem manejadas, são mais eficientes na reciclagem de nutrientes, na reestruturação do solo, no armazenamento da água e na produção de matéria orgânica do que as culturas anuais, obtendo efeitos positivos na qualidade do solo.

Esse sistema, conhecido como Integração Lavoura-Pecuária (ILP), é recomendado aos produtores que buscam diversificar a produção e superar os problemas advindos de cultivos anuais sucessivos, como plantas invasoras e pragas, além de minimizar o impacto de estiagens nas lavouras sucessoras.

Fonte-  Diário do Comércio