O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura falou sobre os esforços do governo para aumentar a subvenção ao seguro rural durante a Abertura Nacional do Plantio da Soja.

Safra de ouro” é como muitos produtores presentes na Abertura Nacional do Plantio da Soja estão chamando a temporada 2020/2021. O evento foi realizado nesta quinta-feira, 24, em Capinópolis (MG), e contou com a participação virtual do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, César Halum, que também está otimista.
Diversos fatores, segundo ele, indicam mais um ano histórico para o setor, entre eles o crescimento de 41% na tomada de crédito rural oficial, nos primeiros 60 dias do Plano Safra 2020/2021, em relação ao mesmo período do ano passado.
“Estamos verificando também um volume muito acentuado na comercialização de fertilizantes, o que demonstra claramente a intensidade do plantio e o desejo de aumentar a área plantada. Outra coisa é o seguro rural: já chegamos a quase 200 mil apólices contratadas. Se São Pedro continuar contribuindo e tivermos condições climáticas favoráveis, teremos, sim, uma safra de ouro”, diz.

Mais segurança para o produtor

Apesar do otimismo, o agronegócio é uma indústria a céu aberto e tudo pode acontecer. Em ano de La Niña, então, a preocupação com o clima Uca ainda mais acentuada. Conhecedora dos desafios e das intempéries às quais o agricultor está sujeito, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tem trabalho junto de sua equipe para expandir o alcance do seguro rural.
“Dobramos os investimentos na subvenção, em 2021, teremos disponíveis mais de R$ 1 bilhão para subvenção. Estamos estimulando os produtores a aderirem e verem o seguro rural não como um custo a mais, mas como uma segurança. Queremos, também, transformá-lo em uma garantia para que as instituições Financeiras aumentem a oferta de crédito rural”, diz Halum.

O secretário fez questão de destacar que a subvenção é concedida ao produtor rural, sendo a seguradora apenas uma intermediária. “Existem 15 operando o seguro rural, hoje. O produtor pode escolher. O corretor faz a operação, que entra em um sistema, informado ao Ministério da Agricultura o tipo de contrato, em qual segmento ele trabalha etc, e o sistema estabelece o desconto, de 20% a 60%, a qual o produtor tem direito”, afirma.
Halum diz que o ministério não vê necessidade, no momento, de eliminar as corretoras deste processo, já que é preciso alguém para organizar os contratos, e os produtores não têm tido prejuízo com a intermediação, segundo ele.

Fonte: CANAL RURAL.