O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vem realizando videoconferências do projeto Monitor do Seguro Rural, cada reunião virtual dedicada para uma cultura específica. Na última edição  foi com o primeiro grupo de frutas, formado por maçã, pêssego, caqui, nectarina, laranja, maracujá, ameixa e tangerina. O objetivo é avaliar os produtos e serviços ofertados pelas seguradoras e propor aperfeiçoamentos nos seguros agrícolas dessas atividades.

O seguro agrícola para frutas é ofertado em praticamente todas as regiões produtoras, com maior destaque para Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Paraná, seguidos por Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Goiás e Espírito Santo.

Em 2019, a categoria frutas utilizou quase R$ 54 milhões em subvenção, representando 12,6% do total do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). 

O Engenheiro Agônomo, Delso Vaccari, da AgroBrasil Seguros, empresa parceira da ESSOR Seguros,  tem experiência com mais de 20 safras e, uma das especialidades é frutas. O agrônomo fez a  apresentação durante a videoconferência do projeto Monitor do Seguro Rural no dia 07/Ago. O evento coordenado pelo MAPA, contou com mais de 100  participantes, desde produtores com o apoio das entidades representativas, associações, revendas de insumos, companhias seguradoras, empresas resseguradoras, corretores, peritos e instituições financeiras.

Vaccari mostrou que o produto frutas foi desenvolvido pela AgroBrasil Seguros e lançado em 1997, na época teve base no  produto mexicano adaptado ao Brasil que tem  sistema de produção diferente. “Deu trabalho para adaptar todo sistema produtivo brasileiro, temos  uma região mais úmida do que o resto do mundo, a  primeira apólice foi feita pela AgroBrasil   em 1998, faz parte da história desta construção no Brasil.”

O produto granizo indeniza pela perda de qualidade dos frutos causados pelo sinistro.  A cobertura do seguro inicia no chamado “pegamento” da fruta e encerra com a colheita. O segurado neste produto é a fruta. 

O produtor define e informa a área plantada, a produtividade que  estima colher e o preço de venda. Importante separar em talhões, variedades, o seguro  tem a cobertura real  por talhão e isso ajuda  organizar a apólice de seguro.  Na apresentação os participantes acompanharam o passo a passo da simulação de um seguro para frutas. E como funciona a vistoria. Uma vistoria feita preliminar para constatar o sinistro, no caso de granizo, e depois a vistoria final antes da colheita para verificar a qualidade e medir os danos. 

No caso de outras frutas  a   cobertura básica é granizo e o que  varia é a  maneira de depreciação, onde não tem indústria  a perda pode chegar a 100 por cento.   No caso da maçã,  no exemplo citado, durante a apresentação,  quando constatada a perda, a indenização pode ficar em 88 por cento, dependendo do caso, porque 12 por cento vão para a indústria de sucos. 

No final o agrônomo da AgroBrasil lançou o desafio para o mercado para criação de novos produtos, novas coberturas para frutas e citou como exemplo o produto geada.

O cronograma de eventos por vídeo conferência do projeto Monitor, que começou em julho desse ano e se estende até final de 2022, tem a finalidade de identificar e propor melhorias nos serviços de seguro para mais de 60 atividades de grãos, frutas, olerícolas, pecuária, florestas, aquícola, café e outras culturas.

Assessoria de imprensa da AgroBrasil com informações do MAPA